segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Investigação na Universidade do Minho

A Universidade do Minho possui inúmeros grupos de investigação desde as áreas de Ciências, Biológicas, Tecnologia até as áreas de Humanas e Comunicação. Um desses grupos, por acaso, me chamou atenção e penso ser importante falar um pouco sobre ele aqui, é o CECS, Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade. Sendo a Universidade do Minho, uma instituição que valoriza muito o aprofundamento teórico em Comunicação, esse grupo visa promover uma pesquisa permanente sobre Ciências da Comunicação dentro do curso e reforçar as relações com as organizações em Portugal e no exterior. O grupo surgiu em 2002 e desde então parece crescer o número de pesquisadores, é, portanto, uma iniciativa de motivar o interesse pela pesquisa e desenvolver desde já um contato com a pós-graduação. No projeto são promovidas palestras, seminários e eventos que movimentam os estudos acadêmicos e visam fornecer um embasamento maior para a publicação de diversos artigos em livros e revistas que o grupo tem o comprometimento. São diversas as publicações, entre elas, está o Journal Comunicação e Sociedade que foi organizado em uma série, “é nosso intuito favorecer o debate científico e democrático, com um espírito de rigor e de exigência, numa área das ciências sociais e humanas, de constituição relativamente recente, que compreende o estudo dos actos de comunicação socialmente elaborados”, esse é um dos objetivos do Journal. Dentre os temas abordados nas publicações estão: Comunicação e Imaginário, O ensino do Jornalismo, Comunicação da Ciência, Economia Política da Comunicação e dos Media, entre outros. Se for interesse de vocês, disponibilizo e, desde já, recomendo o site: www.cecs.uminho.pt
É uma boa ferramenta de pesquisa, principalmente para quem procura algum tema para projetos de pós-graduação ou mesmo tema de pesquisa acadêmica.
Bons estudos.


Seminário Sobre Jornalismo e Profissão em Portugal

domingo, 9 de novembro de 2008

Viagem a Porto


Uma das vistas mais bonitas de Porto

Hoje viajei a Porto com amigos brasileiros, fui a um Workshop de Cinema de curta-metragens, a princípio era essa a idéia. Chegamos lá tarde e o evento já tinha começado, o pouco que conseguimos assistir não gostamos, não fomos muito bem recebidos. Parecia mais um evento fechado feito só por produtores universitários de curta metragem para apenas eles mesmos, logo, percebemos que estávamos no lugar errado, o evento, portanto, não era tão abrangente quanto parecia. Desistimos do Workshop e fomos procurar um lugar para dormir em Porto, afinal a idéia era dormir, pois o Workshop duraria dois dias, não íamos deixar de conhecer a cidade pelo fracasso do festival. Andamos bastante à noite a procura de algum albergue barato, fomos parar em alguns becos estranhos e em um deles achamos um albergue caro de 20 euros a noite. Mas se, pelo menos, fosse num lugar bom... Estávamos quase desistindo e voltando para Braga quando encontramos uma alma caridosa no meio do caminho que nos indicou uma pensão numa localização melhor, nota-se que era numa praça onde passamos várias vezes e nem se quer nos demos o trabalho de olhar para cima para ver que lá havia não só uma, mas umas três pensões... turista é sempre desatento, percebi isso. Bom, dormimos numa pensão muito ajeitadinha pela metade do preço do albergue num lugar muito confortável. No dia seguinte saímos a procura do que fazer, conhecemos a Ribeira, um rio maravilhoso que corta a cidade, e outros poucos lugares, porque descobrimos um festival de rua e fomos prestigiar. O festival chamava-se "Se essa Rua fosse minha" e acontecia numa rua importante de Porto. Tinha várias apresentações e exposições culturais, participamos de uma instalação artística de um brasileiro do nordeste, a exposição buscava contestar o baixo salário das diversas profissões e a forma como tudo é considerado produto, inclusive o funcionário, tiramos fotos e fomos uma das estrelas da exposição no painel. Foi bem divertido e muito mais proveitoso que o Festival de Cinema, trocamos contado e como me interesso muito por arte já é algo importante, as coisas por aqui são assim, você vai conhecendo as pessoas e as coisas vão acontecendo. Vimos várias apresentações de performance, música, dança, foi muito bonito.
Antes de chegarmos ao festival de rua, participamos de uma cena engraçada da qual preciso fazer um parêntese: estávamos andando pela cidade procurando algo para comer, encontrei uma quitanda daquelas que vendem frutas e fui eu atraída pela bandeja de pêssego. Queria apenas dois pêssegos, um para mim outro para o meu amigo brasileiro, assim como de costume, fui escolher a fruta e dei azar de encontrar todas em cima um pouco amassadas, então, como se faz no Brasil, fui pegando uma por uma para encontrar as que estivessem melhores quando, de repente, me assusto com a senhorinha da venda gritando comigo:
- Como estás a pegar em todas as frutas, que falta de educação, estão todas boas, não estás a ver?! Olhei sem acreditar, o que deveria ser uma situação tensa, foi totalmente engraçada, ver a senhora muito nervosa conosco e gritando comigo.
- Olha minha senhora, desculpa, mas estou a escolher um pêssego que não esteja amassado, aí senhora ficou vermelha de raiva
- Os pêssegos estão todos ótimos, eu não coloco nada ruim na minha venda, e ela gritava, gritava muito, achas que entro no mercado e fico pegando em todas as frutas?
- Ah! Mas a senhora devia fazer isso, viu, é um conselho que te dou. No meu país a gente só compra coisa boa, falou meu amigo brasileiro.
- Mas vocês são muito sem educação mesmo, e aí nós que fomos os mal educados.
- Não, a senhora que tá gritando.
- Não estou a gritar, e gritava mais.
Pagamos rapidinho e saímos logo dando muitas risadas enquanto ela continuava resmungando vermelha de raiva, a diferença cultural provoca certos choques bizarros às vezes.
Bem, a viagem a Porto mudou de rumo, mas foi muito proveitosa, espero ter mais viagens como essa.


Instalação no festival "Se essa rua fosse minha"


Palácio de Cristal


Imperdível